A RELIGIÃO E O RISORicardo Ernesto Rose, Jornalista e. Licenciado em Filosofia A RELIGIÃO E O RISO Surgiu um mundo de qualidades sem homem, de vivências. Provavelmente a diluição do. Musil, 2. 00. 6. p. INTRODUÇÃO A idéia de escrever este ensaio sobre o tema da religião e do riso. Youtube a um vídeo do.
George Carlin, falecido por aquela época. No filme, Carlin. Religion is bullshit - Religião é. Nova York. Ator. humorista e comediante, George Carlin (1. American way of living” (o jeito americano de viver).
Ricardo Ernesto Rose, Jornalista e Licenciado em Filosofia A RELIGIÃO E O RISO. Surgiu um mundo de qualidades sem homem, de vivências sem quem as vive, e quase. Responsabilidade é possivelmente a categoria chave no trabalho do Círculo de Bakhtin, aquilo que o tornou um importante ponto de referência para a teoria tanto.
Ridicularizava. o excessivo patriotismo dos americanos, seu impulso consumista e até o. O maior alvo de Carlin, no entanto, sempre. O comediante era um ardoroso defensor da democracia, da liberdade. A. peça humorística de Carlin coloca a seguinte questão: por que em alguns países. Estados Unidos, o humor com a religião é praticado e. Analisando o assunto.
2 Ritos, rituais e cerimônias e suas implicações políticas nas organizações contemporâneas. Este estudo aborda as implicações políticas das manifestações. 4 Textos filosóficos Director da Colecção: Artur Morão 1. Crítica da Razão Prática, Immanuel Kant 2. Investigação sobre o Entendimento Humano, David Hume. Resumo. A passagem do século XIX para o século XX foi marcada por sucessivas revoluções científicas que ocasionaram uma profunda modificação no conceito de. Informações sobre literatura,leitura,livros,escritores,autores,textos,romances,prosa,contos,poesias,livro,digital,ebook,Espiritismo,linux,pesquisa.
Ou seja, analisar, por exemplo, por que Platão vê. Huizinga) e. por que os Goliardos queriam indicar com sua crítica à religião para algo além. Minois)? São estes os questionamentos principais com os quais.
Trata- se, todavia, apenas de uma análise. Mesmo porque, outros. Huizinga, Minois, Campbell, Febvre e Bakhtin, entre outros –, tiveram muito. CAPÍTULO. 1. INTRODUÇÃO AO TEMA O trabalho A religião e o riso, abordará o tema. O período considerado. Pré- História ao Renascimento, já que é. O texto, entretanto, não esgota o assunto; apresenta apenas alguns.
Em seguida, serão descritos. Assim, o estudo se. A análise. filosófica e cultural, todavia, não coincidirá necessariamente com os períodos. Ao. final o estudo apresenta uma conclusão, na qual se pretende demonstrar que a. Examinar o fenômeno religioso, seja sob que aspecto. CAPÍTULO 2 O RISO, O QUE É? Em sua própria visão o.
Apesar de reverenciar. No entanto, por. sua própria posição no universo não poderia ser diferente. Os animais eram. quando muito, bestas de carga, alimento e fonte de matéria prima. Mas, o. desenvolvimento das ciências ao longo da história foi gradualmente mudando esta.
Todavia, mesmo até há pouco tempo, o homem se. Entrementes, descobrimos que os Neanderthais. Homos com os quais não temos ligação genética. O golpe final no. Em outras palavras: possuíam uma rudimentar cultura. Além. disso, descobriu- se que espécies como os macacos e golfinhos conseguem.
O zoólogo Frans de Waal em seu livro “O macaco em nós – por que. Der Affe in uns – Warum wir sind, wie wir sind”), escreve: Mais tarde, a elaboração de ferramentas era. O homem. como construtor de ferramentas. Esta definição tinha fundamento, até se. DE WAAL, 2. 00. 6, p. Assim. pouco ou quase nada sobrou de único para a espécie humana.
Todas as aptidões. O que então permaneceu especificamente humano? Qual é a. característica que a nossa espécie, Homo Sapiens Sapiens, tem de única.
A maior parte dos antropólogos, paleontólogos, zoólogos e demais. Aristóteles – que o homem é talvez a única espécie que ri, que tem senso de. Isto, porém, só permanecerá válido até que a ciência não avance mais um.
Mas, mesmo nesse ponto. Frans de Waal afirma que os. O assunto permanece.
Atendo- nos apenas ao nosso universo humano, temos informações. Steven Mithen descreve como o big bang da. Referindo- se a este período, escreve. Mithen: É muito fácil pensar que a transição entre. Paleolítico Médio e o Superior é uma explosão, ou um big bang – das. MITHEN, 1. 99. 8, p. Acompanhando a gradual evolução da cultura humana, também ocorre o.
Assim o humor, associado ao riso, deve ter se aprimorado. Homo. É bem provável que sentados a. Não muito longe do exemplo dos nossos antepassados. Sigmund Freud (1. O Humor. relatando que: Há duas. Ele pode dar- se.
FREUD, 2. 00. 6, p. Nossos antepassados. O riso sempre teve a. Ainda é Freud que.
Como os chistes e o cômico, o humor tem. Essa grandeza reside claramente no triunfo do narcisismo, na. O ego se recusa a ser afligido. Insiste. em que não pode ser afetado pelos traumas do mundo externo; demonstra, na. Esse último aspecto constitui um elemento inteiramente essencial do humor. E conclui dizendo: Além disso, a pilhéria feita por humor não.
Ela tem apenas o valor de algo preliminar. O principal é a. intenção que o humor transmite, esteja agindo em relação quer ao eu quer as. Significa: “Olhem! Aqui está o mundo, que parece tão perigoso!
Não passa de um jogo de crianças, digno apenas de que sobre ele se faça uma. Quantas brincadeiras e piadas não teriam.
Paleolítico, contando histórias sobre. O riso com certeza contribuiu. Na filosofia, foi o filósofo Henri Bergson. Iniciando com a. definição do objeto do riso, a comicidade, Bergson escreve que: Não há comicidade fora.
Uma paisagem poderá ser bela, graciosa, sublime. Rimos de um animal, por termos. Rimos de um. chapéu; mas então não estamos gracejando com o pedaço de feltro ou de palha. BERGSON, 2. 00. 7, p.
Avançando em sua análise do riso, Bergson. O filósofo também descreve várias situações nas quais. Em especial. ressalta a rigidez do lado cerimonioso da vida, das cerimônias em si, que tem.
BERGSON, 2. 00. 7, p. Mas o que pensamos quando rimos? Rimos de. alguém, de algum fato envolvendo pessoas, rimos de idéias ou até de uma. Não rimos de algo inanimado, como uma montanha ou um rio, como.
Bergson. Rimos quando um rosto humano, de feições grotescas, é. Mas o esboço da silhueta de uma águia ou da face de. Só aquilo que. se refere ao humano, que tem ligação com o humano – o pingüim mimetizando um. Imagens de animais, em diversas. Filhotes de animais, como os mamíferos, mais. Rimos de uma situação ou de.
E o que é risível é o inesperado ou o. O filósofo Quentin Skinner (1. Nicander Jossius, escreve: Ele propõe que consideremos. Certamente iríamos rir, mas a razão da. Embora. estas situações sejam, sem dúvida, ridículas, Jossius parece sugerir que. SKINNER. 2. 00. 2, p.
No entanto, o engraçado só pode ser aquilo. Não achamos engraçado o.
Também não desperta nosso riso a notícia de que o vizinho, bêbado. Ainda em relação ao que.
A corrida atrás do touro percorrendo as estreitas ruas de certas. Espanha, pode ser muito engraçada para indivíduos daquela. O quadro humorístico mostrado pela. Assim também deve ter sucedido como as. Alta Idade. Média. A hierarquia eclesiástica e social era ridicularizada, o que. As. vítimas das chacotas e brincadeiras, no entanto, não deviam gostar das.
Outro aspecto é que rimos de algo ou alguém porque acreditamos que. Seja pelo motivo de não haver razão para tal. TV, tentando aparentar bondade, abraçando criancinhas. No entanto, nestes exemplos, parte- se do pressuposto de que o riso. Dependendo das condições, o riso. Em outras circunstâncias também pode. Assim, nas situações hilárias tudo também.
Muitas vezes, o poder de calar o riso é. Os comediantes, os trovadores satíricos e os imitadores sempre. O. grande ditador (1. Charles Chaplin ridicularizando o ditador.
Adolf Hitler, teve sua exibição proibida no Brasil, durante parte do governo. Vargas. O humor de Chaplin na película era bastante crítico, mas não suscitava. Quentin Skinner, ao referir- se a um texto. Descartes: A conexão do riso com o ódio.
Descartes dá uma particular atenção; ele retorna mais. O escárnio ou a. zombaria é um tipo de alegria misturada com ódio, e quando este sentimento. Outras vezes, o riso crítico não é.
Este posicionamento transforma os críticos em. CAPÍTULO 3 O RISO E A RELIGIÃO Por que não é comum rir- se da religião? Por que são tão poucas as. Para analisar este quadro, partimos da hipótese de que.
O primeiro inclui as pessoas que tem pouco contato com a religião e para as. Este grupo de indivíduos é bastante reduzido no Brasil. O segundo. grupo é constituído por pessoas que praticam alguma religião, ou possuem forte.
Para estes, a piada ou crítica sobre suas crenças é. O tipo de reação que terão à crítica vai. Em uma pesquisa informal que fizemos, constatamos a. Trata- se do indivíduo nãopraticante, mas que.
Já no âmbito da religião é preciso fazer uma distinção: existem. No. entanto, nada ou pouco se ri sobre os dogmas, a divindade e de personagens de. Será deste tipo de riso que este. Que fique claro que o propósito deste. Trata- se de uma reflexão crítica sobre o riso em relação à. Se. bem que a situação na maior parte do mundo não seja mais a mesma do passado. Estado, contra a liberdade de pesquisa.
Assim, mesmo em uma sociedade bastante secularizada, ainda estamos. Neste campo ainda persiste uma espécie de tabu, uma proibição.
Cabe aqui perguntar a. PRINCIPAIS ASPECTOS HISTÓRICOS : DA PRÉ- HISTÓRIA ATÉ O SÉCULO XVIO homem, parece, não se. Na verdade, a plenitude de sua vida pareceria estar na relação direta entre.
De onde provêm a força desses temas impalpáveis, força que lhes dá o. E por que, sempre que o homem procurou algo sólido. CAMPBELL, 2. 00. 5, p.
O riso, reação humana a um estímulo e. Os primeiros mitos. As pinturas em cavernas como as de Lascaux. França, e de Altamira, na Espanha, e as esculturas em marfim de Hohlenstein- Stadel. Alemanha (datados de 3. Nesta época. provavelmente, apareceram grupos humanos que haviam elaborado uma estrita.
Escreve o historiador José Rivair Macedo. Em certos grupos tribais cuja sobrevivência. Deste. modo, é permitido quase rebentar de rir ao matar ou enterrar homens e/ou. De acordo com Vladimir Propp, a suposição plausível para este. De fato, em determinados rituais de iniciação dos jovens. Nesses rituais, que correspondiam, no plano. MACEDO, 1. 99. 0, p.
Este tipo de riso, usual entre estes grupos humanos, sem dúvida. Além disso. não existem dados empíricos para provar que há 2. Para formular estas hipóteses, os. Américas, os povos africanos e da Oceania. Mais recentemente, em torno de 7.
C., coincidindo com a. Mesopotâmia, surgiram os primeiros deuses, cercados de relatos mitológicos.
O homem, com o desenvolvimento crescente da cultura. Esta deixa. de ter o caráter mágico que possuía na era Paleolítica. Nesta nova fase do. O santuário (construção menor de uma fase histórica mais.
Esta estrutura investe- se. Pode- se dizer que alguns valores culturais e religiosos que. Cidades- Estado. agrícolas, dirigidas pela religião, no final do período Neolítico.